Construtora compensa 100% de suas emissões de carbono e destina recursos à Amazônia
Referência em imóveis de luxo no Brasil, construtora adquiriu créditos de carbono correspondente a quase 4 mil toneladas de CO2, em parceria com a climatech Moss
De forma voluntária, a Embraed, uma das maiores construtoras de empreendimentos de luxo com sede em Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina, compensou em 100% as emissões de gás carbônico das atividades em 2021.
A empresa anunciou a neutralização através da aquisição de créditos de carbono gerados pelo projeto Florestal Santa Maria, na região amazônica. A operação foi intermediada pela Moss, climatech brasileira pioneira e líder na comercialização de crédito de carbono e de soluções ambientais em blockchain.
A climatech conecta empresas que gostariam de compensar as emissões de CO2 das atividades, mas que não conseguem fazer isso por conta própria, e projetos que geram créditos de carbono.
Como funciona a compensação
Para o projeto de compensação, a parceria entre a Embraed e a Moss envolveu a realização de um inventário das emissões da construtora, que leva em consideração o resultado direto e indireto das emissões de gases de efeito estufa, avaliadas de acordo com o GHG Protocol (Greenhouse Gas Control), além de seguir as determinações do Protocolo de Kyoto.
O trabalho estimou a emissão equivalente a 3.971 toneladas de CO2 geradas pela operação da empresa no ano passado. Com a iniciativa, os recursos destinados pela construtora à compra dos créditos vão contribuir com a preservação de 71,7 mil hectares na Amazônia, a maior floresta tropical do mundo.
A área integra o projeto Florestal Santa Maria, localizado no município de Colniza, no norte do Mato Grosso. De acordo com projeção da Moss, em ordem de grandeza, o impacto desta iniciativa da Embraed corresponde a uma compensação equivalente a 719 voltas de carro na Terra e 5.339 viagens aéreas entre São Paulo e Nova York. Ainda segundo a Moss, desde março de 2020, mais de R$ 150 milhões já foram destinados a projetos de proteção do bioma amazônico.
O Florestal Santa Maria tem um modelo baseado em uso econômico não predatório da floresta. Além disso, a compensação também deve beneficiar projetos sociais do entorno da área de preservação, as populações ribeirinhas e contribuir para o desenvolvimento local, como a criação de escolas técnicas para oferecer aos jovens formação de qualidade ligada às questões da floresta, projeto feito em parceria com a prefeitura do município.
“A compensação do carbono se soma a outras iniciativas da construtora relacionadas à sustentabilidade, como inovação nos sistemas construtivos e atitudes mais ambientalmente corretas no dia a dia dos nossos escritórios”, diz a executiva Tatiana Rosa Cequinel, CEO da empresa.
O inventário estimou as emissões de toda a operação da construtora em Balneário Camboriú, Camboriú, Itapema em Santa Catarina e Maringá no Paraná. Para isso, foram analisados os itens obrigatórios referentes às emissões diretas dos chamados escopo 1, que incluem a frota de veículos e aparelhos de ar-condicionado, e do o escopo 2, que são as emissões resultantes do consumo de energia.
A Embraed também considerou no inventário as operações referentes à cadeia de fornecedores, que não são de responsabilidade direta da construtora. Ou seja, a empresa decidiu fazer a compensação para além do que seria obrigatório, numa atitude que pretende incentivar os fornecedores a também se engajarem na agenda ESG. Os itens de responsabilidade de terceiros representaram cerca de 96% do total das emissões de CO2 da Embraed em 2021.
O CEO e fundador da Moss, Luis Felipe Adaime, ressalta que a democratização do crédito de carbono que a Moss vem promovendo é essencial para que empresas de diferentes segmentos e tamanhos possam contribuir com ações que combatam o desmatamento da floresta amazônica.
“Acreditamos que esse modelo irá permitir cada vez mais a adesão de empresas como a Embraed, que estão preocupadas em executar uma agenda sustentável por meio da compensação de emissões de carbono.”
Sobre o projeto Florestal Santa Maria os recursos utilizados na compra dos créditos de carbono pela Embraed para a compensação de CO2 foram destinados ao projeto Florestal Santa Maria, que estima evitar a emissão de 29 milhões de toneladas de gás carbônico nos próximos 30 anos. Localizada em Colniza, no extremo norte do Mato Grosso, a área está inserida no bioma amazônico brasileiro, no chamado Arco do Desmatamento.
O Florestal Santa Maria possui certificação Verified Carbon Standard (VCS) e SocialCarbon, com rigoroso sistema de monitoramento. Na condição de agente de grande relevância em seu ramo de negócio, a EMBRAED incentiva a preocupação ambiental de seus funcionários, parceiros e fornecedores, numa engrenagem que só tem a beneficiar a cadeia da construção civil.
“Nosso compromisso é com uma operação cada vez mais sustentável e a compensação das emissões considerando também a cadeia de fornecimento é fundamental para a Embraed”, diz a presidente da construtora.
O que é a Moss
A Moss é uma climatech, empresa de tecnologia para serviços ambientais através de conhecimento e tecnologia em blockchain. Em 2020, criou o MCO2, o primeiro token lastreado em crédito de carbono usado para compensação de gases de efeito estufa.
Desde março de 2020, a Moss já transacionou mais de 150 milhões de reais que ajudaram a conservar, aproximadamente, 152 milhões de árvores na Amazônia em projetos certificados e auditados internacionalmente. O MCO2 Token está listado em plataformas como Mercado Bitcoin e NovaDAX, e globalmente na Coinbase, Gemini e Uniswap.
fonte: https://ndmais.com.br/meio-ambiente/construtora-compensa-100-de-suas-emissoes-de-carbono-e-destina-recursos-a-amazonia/